Nossa História

Conheça um pouco sobre nossa trajetória, nosso acervo e o legado de Maurice Legeard.

imagem autoral da cinemateca

A Cinemateca de Santos

A Cinemateca de Santos tem como finalidade promover a divulgação e o estudo do cinema enquanto arte, forma de entretenimento e expressão cultural. Atuando também como cineclube, exibe filmes de diversas nacionalidades, culturas e períodos, destacando diretores e atores que marcaram a história do cinema mundial.

Nas mostras realizadas, o público tem a oportunidade de rever clássicos ou conhecer obras que despertam reflexão e agregam valor cultural - em sua maioria, filmes fora do circuito comercial. Também exibimos produções voltadas a temas como ambientalismo, consciência alimentar e social.

Além disso, promovemos atividades de cineclubismo em parceria com outras entidades e coletivos, além de lançamentos de curtas-metragens, livros e revistas.

Citação de Maurice Legeard: 'O cinema é mais funcional, abordando a filosofia, a música, a pintura, a psicologia, a história, as artes plásticas em geral.' Jornal Cidade de Santos, 12 de maio de 1985. Cinemateca de Santos.
Citação de Maurice Legeard: 'O cinema é a grande lição sem mestre, que atravessa todas as barreiras. Com ele você conhece todos os povos, todos os países, a música, a história, a arte. Esta é a grande magia, essa universalidade toda.' Jornal A Tribuna, 24 de fevereiro de 1995. Cinemateca de Santos.

Fundada em 1981 pelo francês naturalizado santista Maurice Legeard, a Cinemateca surgiu a partir de sua dedicação de 50 anos reunindo um vasto acervo com revistas especializadas, jornais, livros, filmes, fotografias e pôsteres de cinema.

Maurice foi um importante agitador cultural e um dos principais divulgadores do Cinema de Arte na cidade de Santos. Sua filosofia era simples mas poderosa: "o cinema atravessa todas as barreiras".

Nosso Acervo

  • • Biblioteca com mais de 2.500 volumes
  • • Filmoteca com cerca de 3.000 títulos em DVD
  • • Hemeroteca com mais de 16 mil pastas organizadas
  • • 200 discos com trilhas sonoras
  • • Sala de projeção em HD para 30 pessoas
  • • Exposição com 50 equipamentos históricos

Maurice Legeard (1925-1997)

Foto de Maurice Legeard
Paris, 1925 - Santos, 1997

Nascido francês e naturalizado santista, Maurice Armand Marius Legeard (1925-1997) nasceu em Paris no dia 9 de abril de 1925 e com 7 anos de idade veio de navio (Siqueira Campos) para Santos. Quando jovem Maurice tinha o hábito de ler muito e logo cedo se interessou pelas artes, participou como ator em uma peça de encerramento do ano letivo com 14 anos em 1939.

Anos depois, entusiasmado com o movimento de renovação nos palcos locais, participa de outras peças teatrais. Em 1960 é chamado por Plínio Marcos para direção de "O Escurial". Maurice chegou a frequentar: o Clube de Gravura, o Clube de Arte, o Clube de Poesia, o Clube Foto Amigos e a Associação Santista de Belas Artes.

Em 1950 é convidado para a sessão inaugural do Clube de Cinema de Santos (1948-1994). No ano seguinte ele começa a colaborar na organização e programação do Clube, onde ocupou as funções de secretário, tesoureiro e coordenador, deixando o Clube em 1980. Durante três décadas, Maurice foi o curador de experiências cinematográficas que formaram gerações de cinéfilos santistas.

O Clube de Cinema de Santos foi fundamental para a cultura cinematográfica da região. Fundado em 1948, funcionou por 46 anos como espaço de resistência cultural, especialmente durante a ditadura militar. Ali se exibiam obras do neorrealismo italiano, nouvelle vague francesa e cinema de arte mundial - seguidas sempre de debates acalorados.

Em 1981 funda a Cinemateca de Santos com sede na Cadeia Velha onde chega a ocupar em 1985 uma segunda sala para atividades de cineclubismo, exposições e palestras. Maurice deu continuidade ao cineclubismo promovendo Mostras e Ciclos de Cinema, como as famosas sessões da meia noite no Roxy.

"O Cinema é uma grande lição sem mestre, que atravessa todas as barreiras. Com ele você conhece todos os povos, todos os países, a música, a história e a arte. Depois de 50 anos lidando com o cinema, recentemente me peguei fascinado, vendo um documentário sobre o cinema africano. É a grande magia, essa universalidade toda. Um filme pode ser visto e discutido em todos os cantos do mundo."

— Maurice Legeard, 1995